Em Portugal, na viragem da década de 1980 para 1990, Tim Shea deixou a fama de um treinador revolucionário que ajudou a lançar a melhor equipa de sempre do basquetebol português, o Benfica, que depois viveu o período dourado sob orientação de Mário Palma. A passagem do norte-americano pelo banco do Benfica faz parte da memória coletiva da modalidade. E também ocupa parte importante nas memórias pessoais de Tim Shea, agora um nova-iorquino sexagenário radicado há vários anos na cidade espanhola de Lugo, na Galiza: "O Carlos Lisboa era um show. Hoje, estaria certamente na NBA.".Uma conversa com Tim Shea foge a qualquer guião previamente estabelecido e o norte-americano rapidamente domina o diálogo com a naturalidade com que se impôs a um balneário cheio de jogadores consagrados naquele Benfica do final dos anos 1980. Aliás, começa desde logo a inverter os papéis da entrevista. "O que se passa com o basquetebol aí em Portugal? O que é que aconteceu ao FC Porto?", dispara de entrada. "Em Portugal, depois de treinar o Benfica é complicado treinar o FC Porto, não é? Mas se o FC Porto me quiser contratar, com o mesmo orçamento eu bato o Benfica. Eu sei como irritar o Carlos Lisboa", anuncia , desiludido com o estado da modalidade no nosso país, mas sempre com um humor ácido pronto a empregar em cada observação..[youtube:KgKD4oFI6WU].Leia mais pormenores na edição impressa ou no e-paper do DN